domingo, 22 de agosto de 2010

De Mudança

Nuss...finalmente consegui terminar de escrever o texto no blog...eu n tava gostando do resultado...mas n sei como melhorar.
O texto ta confuso sim....mas tbm ta mt confuso na minha cabeça......n ando mt bem pra escrever ta tudo uma bagunça....e o texto saiu do jeito que veio....


De Mudança


O aeroporto está lotado, pessoas indo e vindo de todos os lados, quatro em especial estão chegando para ficar.
O pai da família, um homem de pele clara e olhos um tanto puxados, conversa com os funcionários do aeroporto na língua do país.
A mãe, loira, cabelos lisos e compridos, magra e um belo rosto delicado com pouxa maquiagem. Ela olha as malas e pesca uma palavra aqui outra ali, mas ainda está aprendendo o idioma do seu marido.
O garoto, de cabelos pretos, fica sentado sobre uma das malas, emburrado por ter deixado seus amigos para trás.
A pequenina, deve ter por volta dos oito anos, loira, brinca inocentemente com sua boneca ao lado do irmão.
Não ficam ali por muito tempo, o pai tirou todas as suas dúvidas e pegou todas as informações que precisava.
Se volta para sua família e diz, que enfim, poderiam ir para a nova casa. A garotinha nervosa e empolgada abraça sua boneca com força e se levanta.
Todos vão para fora do aeroporto, o pai chama um táxi para poderem ir a sua nova casa.
A menina olha atenta a tudo em sua volta, se desliga por um momento de seus pais, e quando percebe, seu irmão está lhe chamando para dentro do táxi.
O rapaz está sentado atrás do motorista, a mãe no meio e seu pai na frente ao lado do motorista.
O carro começa a andar, as crianças brincam, e os pais conversam com o taxista, ele logo perguta o que os traziam até o japão.
O pai explica que se mudaram devido seu emprego, que o transferiu para uma filial no Japão e agora viveriam por aqui.
O homem curioso pergunta para onde eles estão se mudando. O homem diz que é uma pequena casa e um bairro afastado do centro, e diz o nome do bairro.
O carro é tomado pelo silêncio., o rosto do taxista se escurece, então ele diz "vocês vão para lá? Sabem da maldição?" O pai ri. Mas a viagem segue em silencio...
Chegando em seu destino, a familia desce do carro, as crianças ficam estáticas na calçada admirando o novo lar, a menina então ouve o taxista falando com seu pai: "se eu fosse vocês, sairia daqui o mais rápido possivel." E arranca com o carro.
Um bom tempo se passa, e as duas crianas ficam ali paradas, em frente a casa, prestando total atenção a cada detalhe da casa.
A menina e a que mais se admira com as coisas...Em frente a casa, uma cerquinha branca na altura dos joelhos. A casa azul, com telhado branco, um corredor levava ao quintal dos fundos, ao lado da porta duas janelas de madeira branca, estavam fechadas assim como a porta. Debaixo de cada janela, duas grades, eram as janelas do porão, escuras, não se via nada nada do lado de dentro. Aliás, não se via ninguém na rua inteira...
Todas as casas estavam fechadas, não se ouvia um barulho nenhum. Então ela começou a se lembrar da estrada...
Após o taxista citar a maldição a viagem ficou sonolenta e chata, então teve que buscas outra coisa para prender a sua atenção. Sua mãe? Ja estava dormindo, afinal a viagem de avião foi muito cansativa. Seu pai? Estava nervoso, o taxista não devia ter contado aquela historia...Seu irmão? Não desgrudava do joguinho eletrônico...Voltou-se para a estrada então...
A longa rua de duas mãos era cercada de árvores de uma densa floresta que bloqueava a luz do sol, e deixava a viagem mais sombria.
Há um bom tempoja olhava pela janela e só via arvores. Na estrada só havia o carro deles. Onde estavam os outros viajantes?
Em certo momento, sua mãe acorda bem a tempo de ver as árvores se espaçando dando lugar à praças, ruas e um bairro cheio de casas, na maioria de somente um andar. O taxista silenciosamente vai até a nova casa desta família....
Quanto tempo eles ficaram parado em frente a casa? a garotinhas não notou se quer um minuto, mas ja era final da tarde.
Seu irmão então cutuca seu braço, ele ouviu algo nos fundos da casa.
Os dois vão andando devagar pelo escuro corredor, entre o muro húmido e a parede azul que acabaram de conhecer. ouviram um gemido, a pobre garotinha se assustando cada vez mais. O rapaz ao seu lado, segura a pequena mão de sua irmã. e continuam andando até o final do corredor.
O menino entra primeiro no quintal, e corre para perto do corpo caído no centro.
Amedrontada, a garotinha entra devagar examinando tudo. O quintal está escuro, seu irmão sacode o corpo no chão, sua mãe está dentro da varanda por trás de grades, fugindo de qualquer raio de luz que pudesse alcansar sua pele. Ao seu lado, um homem uniformizado, um policial. O homem te olhos arregalados não desviava o olhar da mulher loira.
Então a menina olha novamente seu irmão, e o homem no chão. Era seu pai, ensanguentado. A menina aproxima a tempo de ouvir o homem dizer suas ultimas palavras ao garoto.
"Pegue o cachorro." Seus olhos perdem o brilho e seu corpo amolece. Ele está morto.
O menino levanta, e anda até o fundo do quintal onde está um amedrontado poodle branco. Ele retira uma tira de papel da coleira do animal, e volta com os olhos mais assustados que a garotinha ja viu.
O garoto se aproxima de sua irmã e discretamente mostra o papel a ela.
É uma tira de papel branco com três quadradinhos alinhados na vertical. Ela força a visão, e nota que são fotos de sua mãe. Loira, com o vestido coberto de sangue, cabelo desgrenhado, pele branca com manchas negras, e o rosto deformado, sem a mandíbula inferior.
O que aconteceu? Por que sua mãe só tem a metade do rosto?
Em um movimento rápido, a mulher corta o pescoço do policial e grita ao garoto: "Me dá isto aqui!". Assustado o menino se aproxima, e a mulher diz: " Vocês viram não é?". Sua voz grutual arrepia a espinha das crianças.
O menino então joga a foto em cima da mulher e acende as luzes do quintal.
A mãe das crianças tampa o grotesco rosto para se esconder novamente, mas por um breve momento a menina pode ver sua face. Foi mesmo por pouco tempo, pois teve seu braço puxado pelo seu irmão que rapidamente queria sair dali com a garotinha, deixando para trás o policial, seu pai morto pela mulher que amava, ou sabe-se lá por aquela estranha maldição.
As crianças atravessam o jardim da frente, mas não sabem para onde ir. A menina ja havia percebido que o bairro estava vazio e não adiantaria pedir ajuda em casa alguma. Então ela e seu irmão correm até o terreno baldio do outro lado da rua, algumas casas mais para o lado. Eles pulam o pequeno muro, o menino se esconde entre a vegetação e a menina se esconde um pouco mais para cima, debaixo de um velho gabinete de pia...
Deitada na grama, sujando a roupa de terra, aterrorizada com o que havia visto, fica calada.
A rua está um pouco mais clara, ficam escondidos um bom tempo, até que percebem um movimento em saua "nova casa".
Uma mulher loira com os ombros caídos para a frente e sua roupa suja de sangue, sai pela porta da frente.
A menina não consegue ver seu irmão de onde está, não pode saber se ele está com tanto medo quanto ela. Sua... mãe, passa pelas flores do jardim, atravessa a cerquinha branca, e desse a rua como se procurasse algo.
Os olhos da pequenina seguem cada passo da mulher. Ela anda vagarosamente até o final da rua, olhando para todos os lados. Volta na mesma velocidade até que passa em frente ao terreno onde as crianças estão escondidas e para. Levanta a cabeça devagar, vira o rosto e olha para onde a menina está.
A garotinha sente seu coração acelerar, ela sabe que a mulher está olhando seus olhos, mesmo escondida atras da porta do velho gabinete. Tem vontade de gritar, mas tem medo que sua mãe os encontre.
A mulher volta a andar, e entra na casa.
O silêncio reina na rua.
A garotinha exita em sair de seu esconderijo, mas devagar o faz. Vai até onde seu irmão estava escondido. Ela estende sua pequena mão para o garoto. Ele levanta o rosto e olha profundamente em seus olhos, ele está chorando.
O rapaz segura a mão de sua irmã e se levanta.
os dois saem do terreno e seguem pela rua de maos dadas, saindo daquele estranho bairro, da mesma maneira que muitos outros devem ter feito.


esse pesadelo foi tenso...mas não mais tenso que o recorrente...tambem postado no blog...

Um comentário:

  1. Perturbador, envolvente, mas perturbador. O seu texto ficou muito bom. Parabéns.

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